um tesouro em vasos de barro

Escrevendo ao povo de Corinto, Paulo faz uma comparação entre nós e vasos de barro. Ele dá esse exemplo por causa da familiaridade dos Coríntios com esse recipiente quase sem valor. Comprados no mercado de Corínto a não mais de duas moedas de cobre, os vasos de barro eram comumente usados como lâmpadas. Apesar de frágeis e baratos, transportavam precioso óleo e eram condutores de luz.

Paulo aponta (II Cor. 4:7) os que pregam o evangelho como vasos: em si mesmo sem valor, mas que, por carregarem “um tesouro”, se tornam vasos especiais.

Somos pessoas vivendo ao contrário do mundo. Caminhamos contra o fluxo, remamos contra a corrente, somos um remanescente tentando se misturar sem ser contaminado. Nossos lábios têm de cor as respostas que as multidões precisam ouvir. Nossos olhos carregam a esperança pela qual o mundo clama. Temos em nossos lares a paz que o mundo precisa. Nossos sábados têm o descanso em Deus que não pode ser encontrado de outra forma ou em outro dia... Mas nada disso vem de nós. Essa é a beleza do evangelho.

Somos uma geração escolhida para iluminar as trevas no momento em que elas se tornam mais densas. Carregamos em nossa imperfeição a perfeição de Cristo, por isso somos especiais: por que o bem que podemos fazer não é nosso, vem dEle. Temos nas mãos o remédio que ninguém no mundo pode dar, exceto nós que buscamos nEle.

Vasos de barro. Mais do que isso: vasos de barro carregando a Luz... Deus é mesmo um Deus ao contrário. Ele poderia usar os anjos, mas decidiu usar a mim.

Cristo resplandece em mim a luz da Sua face para o mundo, me tornando instrumento da Sua glória, para a salvação de outros e para a minha salvação.

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Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.

(II Coríntios 4:6 e 7)