Renovação de traz pra frente

Preciso pedir licença a dois pregadores - que eu admiro muito – para esse post. O primeiro texto (em Isaías 1) me “cutucou” bem doído pela primeira vez em uma reflexão que o Felipe Tonasso fez durante um culto especial do Coral Jovem de Brasília. Eu comentei com ele no dia que a abordagem do texto tinha me “incomodado”, mas acho que ele não imaginou que por tanto tempo e de tantas maneiras.
O segundo é meu marido (Pr. Hudson), então eu posso pedir uma “licencinha” mais informal (já o fiz pessoalmente).

Esses textos têm falado ao meu coração, por causa da forma como eu cresci acostumada a me comportar como uma adventista, mas tenho percebido que isso está longe de ser o suficiente.
Meus desafios espirituais são“personalizados” (sim, eu gosto de aspas). As tentações que me derrubam com mais freqüência não são as mesmas em que você geralmente cai. O que às vezes não nos damos conta, é que o mais importante não é guardar a lei, mas os motivos que te levam a isso.

Vou usar um exemplo para o que eu quero dizer. O Sábado para mim tem um sabor particular. Cresci acostumada a amar esse dia mais do que os outros, por que na minha casa, ele era tratado de forma especial. Isso não garante que eu sempre consiga guardá-lo corretamente, pois as minhas tradições e preferências podem fazer dele uma dia para mim, não para Deus. Agir como adventista - quase sempre - não é um desafio na minha vida, mas meu comportamento será vazio se isso for apenas uma tradição. Seguir apenas os dogmas me redime do julgamento das pessoas, não do de Deus.

O que então Ele pede de mim?

Esse texto de Isaías é bem forte. Deus está falando na verdade com o povo de Israel, que na sua hipocrisia, sacrifícios e cultos mecânicos, ficaram no nível do povo de Sodoma e Gomorra. Esse tipo específico de hipocrisia muitas vezes se encontra escondida atrás de costumes e tradições – mesmo dos nossos.

"Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra.De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? -diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene." (...)
[Mas é lindo como depois da repreensão, Deus abraça, no verso 18. O Deus da justiça é também o Deus da misericórdia.]
“ Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.” Isaías 1: 10-13; 18-19

Acho que no final do texto, Deus dá uma espécie de “receita” pra começar: Querer e ouvir.

Hudson tem um sermão sobre o próximo texto... eu já ouvi algumas vezes e o significado dele cresceu na minha vida. Esse verso diz claramente o que Deus pede de você.

Ele não quer seus sacrifícios. Antes de tudo, ele quer VOCÊ, em um culto racional (não que você ficou com vontade de fazer), mas que decidiu.

Primeiro você decide fazer seu culto, para então experimentar a vontade dEle na sua vida. É então que tudo deixa de ser um sacrifício. É na transformação da sua mente, que começa com a sua decisão e termina na ação divina.

“ Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12: 1e2